Aqui no Rio, o primeiro verão da covid deveria ser também o primeiro verão da vacina. Bola para isso a gente tem. Um país de 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do planeta, uma infra-estrutura azeitada para aplicar o imunizante e um povo acostumado a ir aos postos se vacinar desde que nasceu. O verão taí, como na página criada pela Todos Nós para a Plurex. Quem ainda não está é a vacina. A bola, mais uma vez, está com o governo. É só levantar que a gente mete o braço.
Um Natal atípico
Mensagem de Natal criada pela Todos Nós para a operadora 16:Flats, para este pouco natalino ano de 2020. A expectativa é que, a despeito das dificuldades, a ciência e o bom-senso prevaleçam, e em breve reconquistemos o direito à celebração familiar, como era praxe fazermos nos velhos tempos. Feliz Natal!
De dar água na boca
Sexta-feira, dia sob medida prum bom peixe, né? ainda mais de frente para a Baía de Guanabara – com a Praia de Botafogo à esquerda e o Pão de Açúcar à direita, então, perfeito. Pena que o lugar que eu gostaria de almoçar hoje já não exista mais. No Real Astoria, na divisa da Urca com Botafogo, o inigualável cenário panorâmico era um complemento do prato. O tradicional endereço, porém, não resistiu às mudanças ocorridas na cena gastronômica carioca e fechou as portas – sinal de que os tempos já eram competitivos muito antes da pandemia. Sorte de quem desfrutou. A arte que você acima vê foi uma das dezenas de peças veiculadas pela Todos Nós na contracapa do suplemento Rio Show, de O Globo. Uma série de anúncios de dar água na boca.
TN, Folha, O Globo, Estadão
O Rodoanel Mario Covas, a SP-21, ou simplesmente o Rodoanel, foi uma das mais relevantes obras viárias executadas no país neste terceiro milênio (seja lá porque for, parece que o investimento em infra-estrutura não tem sido bem-visto pelos governos recentes). A Todos Nós se orgulha de ter criado e veiculado os anúncios de 1/2 pg, cuja arte você vê acima, divulgando a ansiada entrega da obra, nos jornais de maior circulação no Brasil – Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo. A pequenina Todos Nós também teve seus brilharecos.
Influência zero. Mortes acima de 40 mil
Ao longo dos anos, aqui na Todos Nós fizemos dezenas de campanhas educativas em prol de um trânsito mais seguro. Não somente nós: milhares de agências de propaganda criaram materiais pedindo mais prudência por parte dos motoristas. Infelizmente, uma coisa que podemos assegurar é que não houve o menor indício de resultado. Em toda a década, o número anual de mortes por acidente de trânsito permanece próximo de 40 mil vidas perdidas, dependendo do ano. Lógico que, por conta da pandemia, este ano haverá uma substancial redução – mas certamente isso não indica uma mudança de comportamento. Em uma das peças que criamos, nos dirigimos a uma parcela específica dos condutores, aqueles adeptos do combo bebida + direção. Fomos ostensivos na imagem e enfáticos no texto: “Beber e dirigir é uma ameaça à vida de quem não tem nada a ver com isso. É covarde. É injusto. É vergonhoso.” Apesar da contundência, a nossa campanha foi certamente mais uma que não mudou absolutamente nada. Para nossa tristeza e frustração, campanhas publicitárias não têm este poder de influência. Pena.
Uma montanha de cartas
Pode parecer anacrônico hoje, em tempos de dominância das ferramentas digitais, mas milhares de cartas chegavam diariamente às emissoras de rádio no início dos anos 2000. Eu, impressionado com a montanha matutina de envelopes, resolvi criar um anúncio contando o sentimento e a participação popular que o rádio ainda provocava, em pleno terceiro milênio. Poucos tinham um computador em casa e não existiam redes sociais, smartphones e, segundo o Ibope Ratings e o Nielsen Ratings, no início de 2001 apenas 5,7% da população brasileira tinha acesso a internet. Então, escrever e postar – nos Correios, que funcionavam bem – era o único jeito do público se relacionar com seus artistas e comunicadores prediletos. Hoje, este anúncio de meia página de jornal virou peça de museu. O mundo é outro. Será que daqui a 20 anos as nossas comunicações de agora estarão obsoletas assim? #TN22
Indústria de ideias
Muitas das empresas para as quais a Todos Nós teve o orgulho de trabalhar geraram amizades que duram até hoje. A Sondotécnica é uma delas. Foram dezenas de artes institucionais para a celebração de conquistas e divulgação de projetos. Esta página dupla, feita para a comemoração dos 57 anos da empresa (há nove anos!), retrata a união imemorial entre ser humano e método em prol da constante evolução. Bacana que até a logo dos 22 anos da agência combinou com a luz. #TN22
Obrigado, Leandro!
Muito difícil lidar com a ideia de perder um amigo e colega. Soube da partida dele ontem, por um colega comum, e custei a acreditar. Tão jovem! O Leandro Silva sempre teve um jeito de menino, que nunca perdeu. Sempre sorrindo, numa mistura de simpatia e timidez. Em nome de todos os amigos que ele fez aqui na agência, onde trabalhou de 2007 a 2009, posso afirmar que ele só deixou saudades. Veja como são as coisas: sem que eu pudesse imaginar, sexta-feira agora publiquei aqui na retrospectiva da Todos Nós um trabalho com o traço dele, “Os Ecológicos” – como se já nos fosse uma despedida do seu talento. Segue hoje uma outra, uma série infantil que fizemos a toque de caixa para o Rio Zoo, premidos como sempre pelos deadlines da vida de publicitário. Uma arte simples, mas cheia de vida, com as cores luminosas da sua perspectiva de mundo. Desejamos que o seu retorno à pátria espiritual tenhas as mesmas cores, amigo. Que Deus abençoe você e sua família.
Vacina era o que eu queria agora
Se a mídia contemporânea cobre, segundo a segundo, o impacto da Covid-19 na nossa sociedade, há um século atrás não era tão diferente assim. Os jornais já estavam nas ruas assuntando os fatos e imprimindo notícias. Na campanha que criamos para celebrar os 185 anos do Jornal do Commercio, as peças deram um mergulho na cobertura do JC em eventos que marcaram a história do Brasil – como a hoje tão mencionada Revolta da Vacina. Para dar um molho especial à arte, ela vinha servida com a reprodução do texto original da impressão. #TN22
Um luxo só
Antevéspera de aniversário é difícil não lembrar do JC – nesses dias, sempre tinha missão. E das boas, porque uma característica agradabilíssima do trabalho para o Jornal do Commercio era o vínculo estreito com a História do Brasil. A Todos Nós, logicamente, não perdia a deixa. A campanha comemorativa dos 180 anos do JC é bom exemplo. Com direito a JK de garoto propaganda. Que luxo, ehm?
Meio ambiente em HQ
O aprendizado sobre o meio-ambiente deveria ser uma das prioridades da Educação – aliás, a Educação deveria ser também prioridade permanente e continuada. Na primeira década do milênio, tivemos o prazer de criar “Os Ecológicos”, um material didático distribuído pelo governo municipal às turmas escolares da primeira à quarta série. É a faixa etária onde convicções são formadas e paixões têm início – e Petrópolis tem razões de sobra para querer despertar na sua população uma sólida consciência ambiental. #TN22
Floresta
Quem já esteve lá, sabe: a floresta é um patrimônio único. Por isso, convém lembrar que a destruição da cobertura nativa amazônica e pantaneira – uma das poucas riquezas remanescentes da descoberta do país – acarreta perdas econômicas e ambientais irreversíveis. Um projeto em que trabalhamos com a Libertá, há mais de uma década, propunha aos brasileiros a experiência amazônica. Para os que toparam o convite, inesquecível. Quem deixou para depois já tem menos para ver. #TN22
Vida longa
A Tupi completa 85 anos daqui a dois dias e a nossa homenagem – à emissora e às pessoas que deram a ela a sua dimensão – é relembrarmos com carinho a comemoração de há dois anos atrás, como nesta logo delicada. Bacana ter sido um momento de reverenciar pessoas, que fazem e fizeram parte da casa desde o início dos tempos. Vida longa à Tupi.