Falo do jogo de logo mais à noite, entre Flamengo e Lanus. Empregamos certa dramaticidade na chamada para a transmissão da Tupi veiculada nos jornais, como você vê acima. Compreensível. O sentimento do torcedor é de fé no sobrenatural. Mas, na prática, não se pode esperar menos do que a vitória rubronegra sobre o time argentino. Afinal, além da inconteste superioridade do elenco da Gávea, o time joga em casa e motivado pela necessidade da vitória, contra um adversário presumivelmente acomodado pela quase assegurada classificação. Você pode falar: e o outro jogo lá do Olimpia contra o Emelec? Se alguém vencer, o Fla dança, seja de quanto for o placar. OK. Mas o jogo lá começa 0×0 – o empate que é tudo que o Flamengo precisa. E, como ambos vão querer vencer, porque a vitória simples os classifica, nada demais imaginar que, se alguém marcar um gol, o outro vai ficar zunindo bola para a arquibancada – o que é sempre um convite para o inimigo colocar 200 bolas na área, até sair o gol (vide o Flamengo na semana passada). Ou seja: no frigir dos ovos, o Fla pode se classificar sem tanta dificuldade. O coração ficará na mão até o jogo no Paraguai terminar, verdade; mas (ó dor) ninguém mandou deixar um time paraguaio que perdia de 3×0 empatar, concorda? É fazer os gols e torcer para que um bem provável empate na outra partida conduza o Mengão para a fase seguinte. O sonho do título mundial ainda não morreu. Duvida? Ouça na Tupi.