O Projeto Rio Limpo – decreto instituído pela Prefeitura carioca para a retirada de material publicitário do espaço urbano, cujo objetivo é “valorizar e preservar o patrimônio paisagístico” – já retirou 114 peças de mídia externa no Rio de Janeiro. A iniciativa é louvável, por tratar do zelo pela coisa pública, em uma cidade de forte apelo turístico. O painel da Tupi em frente à UERJ, instalado bem acima da linha de circulação de carros e pedestres – como você vê acima -, não foi exceção. Pena que o projeto não abranja a poluição visual provocada pelas placas e cavaletes eleitorais. O decreto, recentemente considerado ilegal pela Justiça e suspenso, deve, em prevalecendo, se pautar pela harmonia estética do espaço público, a qualquer tempo e hora. Se é fato que a agressão visual merece ser excluída, deve ser mantida a comunicação que respeite o equilíbrio paisagístico – com critérios, a definir, que privilegiem o aspecto positivo para o Rio. Para a cidade, para os cidadãos e para a economia.