O confronto direto no Brasileirão entre cariocas e paulistas vem transcendendo as quatro linhas e ocupando espaço crescente no noticiário. Sérgio Xavier, diretor de redação da revista paulistana Placar, atribuiu ontem ao “acaso” a presença dos 4 clubes cariocas entre os 5 primeiros do Campeonato Brasileiro. “Eles estão no topo porque tem gente que não está”. (Você entendeu? depois me explica.) De toda forma, o marketing paulista, competente, faz seu serviço. O ex-jogador Camanducaia (que teve um gol anulado na decisão do Brasileiro de 1995, entre Botafogo e Santos, vencido pelo primeiro) aparece hoje nos sites de esporte, acusando a arbitragem de então e estimulando os hipoteticamente desmotivados jogadores santistas. A Tupi, carioquíssima, aposta suas fichas no alvinegro da Estrela Solitária, enquanto a torcida alvinegra endossa a tese do técnico Caio Jr e põe o jogo na conta do “bônus”: vencendo, ganha a liderança; empatando, encosta nos líderes; perdendo, fica tudo onde está, sem maiores prejuízos. Não é uma má tese.