Eu falei ontem do álbum de figurinhas sobre Petrópolis, criado pela Todos Nós, que conta a história da região desde o longínquo ano de 1531, quando uma expedição de Martim Afonso subiu a serra. O assunto é tão especial, que vale a pena nos alongarmos um pouco mais. A serra era conhecida como “Sertão dos Índios Bravos”, referência aos Puris. Mas demorou mais dois séculos até que as primeiras fazendas se estabelecessem, devido ao perfil íngreme e chuvoso do local: o Caminho Novo, pelo Rio do Pilar até o Rio Paraíba, era inóspito e perigoso. Quem achou um ponto mais adequado, partindo do Porto da Estrela, e (vou usar nomes atuais) subindo pela Raiz da Serra, descendo a Rua Teresa, a Dr. Sá Earp, a Silva Jardim e chegando ao Itamarati, foi o sargento-mor Bernardo Proença. Surgia aí a Sesmaria do Itamarati, mais tarde dividida nas fazendas do Padre Correia, da Samambaia, das Pedras, do Retiro, do Quitandinha e do Corrégo Seco, entre outras. Nesta última foi fundada a Vila Imperial (e é também nela que está hoje sediada a Todos Nós). Esta história está toda contada no álbum, que traz, inclusive, o mapa das fazendas da época.