Quem analisa hoje a circulação de jornais na Bahia não tem a mínima ideia de como era a disputa, há 19 anos atrás. O jornal A Tarde era o líder inconteste e o Correio da Bahia fazia das tripas coração para comer (no bom sentido) o dono do mercado pelas beiradas. Eu, em um artigo de abril de 1996, veiculado na revista paulistana Marketing, apontei como um trunfo futuro do então nanico Correio a qualificação do seu público e a pertinência das suas estratégias comerciais. Ele vinha fazendo o dever de casa (e isso é sempre promissor) e apontando as baterias na direção correta. Não é que deu certo? De lá para cá, houve uma paulatina inversão de papéis e o Correio da Bahia, em 2010 (longos e bem trabalhados 14 anos depois), desbancou do trono o antigo líder. E mais: de acordo com o IVC, tornou-se em 2012 o jornal mais lido do Nordeste. Fato é que não tive a oportunidade de acompanhar o passo-a-passo dessa evolução – mas fico feliz em ter, há duas décadas, detectado o potencial de crescimento do jornal. Como o título da matéria já deixava entrever, o pequeno já era um filhote de tubarão.