É Natal

A impressão que dá é que os Natais estão chegando a cada seis meses. Acabamos de comemorar o último – e já chegou outro. Os anos se sucedem e 2014 já é 30 anos à frente do “1984″ com que George Orwell chocou o mundo em 1948 (justo 10 anos depois que Orson Welles abalou os Estados Unidos com sua transmissão de “Guerra dos Mundos”). Todos os pseudofuturos jazem sob não sei quantos palmos de cimento mal revirado; e o único futuro que nos chega é esse abarrotamento de Natais que faz virar o taxímetro dos anos. Melhor para o comércio, que com isso dá pauta aos noticiários, que vão mostrar quantas pessoas foram às ruas nas últimas horas e estão acabando com o estoque das lojas. Isso é bom para a economia e para quem vende crédito, rindo de fora a fora com a metade dos brasileiros endividados em um total diversas vezes superior ao que conseguem ganhar em um ano. Pessimismo? É nada! É Natal, é Ano Novo. Um momento único em que acreditamos que tudo será novo, de novo. Que a energia acumulada de milhões de famílias ilumine a trajetória da nossa nação – e que essa luz nos auxilie a reescrever a história, com um final feliz. Feliz Natal!

Em Agência

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